Com a pandemia, muitas empresas se viram obrigadas a controlar mais minuciosamente suas finanças.
E a melhor forma de controlar as finanças e evitar crises, é utilizando os indicadores financeiros. Com eles conseguimos ter uma visão mais clara da real saúde da empresa e com isso tomar decisões mais seguras. Mas, você sabe o que são os indicadores financeiros e como calculá-los?
Os indicadores financeiros nada mais são que ferramentas para coletar e gerar informações financeiras sobre determinada situação. Com ele, é possível ter um acompanhamento de uma situação de maneira relevante e precisa.
Para que eles sejam realmente úteis, é necessário traçar uma estratégia de utilização. Onde o primeiro passo é avaliar o planejamento estratégico do negócio e reconhecer quais são as suas necessidades. Ao partir disso, é possível identificar quais são os indicadores mais relevantes. Diante dos resultados, é necessário interpretá-los. O que os indicadores financeiros demonstram sobre o seu negócio? Qual é o impacto desses resultados? Está dentro do esperado para o planejamento estratégico? Fazer (e responder) essas perguntas é importante, porque nem sempre a mesma margem de contribuição é positiva para negócios diferentes, por exemplo.
Com isso, podemos elencar os 5 indicadores mais importantes na hora de avaliar a situação de uma empresa:
1 – Necessidade de Capital de Giro (NCG)
A NCG é o valor mínimo que o seu negócio deve ter em caixa para garantir seu funcionamento. Fornece uma avaliação em tempo real da posição de caixa da empresa, indicando até que nível você pode lidar (ou não) com um evento imprevisto, como atraso de pagamento ou inadimplência.
Estoque + Contas a receber – Contas a Pagar = NCG
Se o resultado for menos que 1, indica que os fundos de saídas necessários para as operações excedem as fontes de entrada do negócio, ou seja, a empresa não vende o suficiente para liquidar suas obrigações. Já se o resultado for entre 1,5 e 2, é um sinal que a empresa possui uma alta liquidez e que não necessitará de empréstimos para satisfazer as necessidades a curto prazo.
2 – Índice de Endividamento
O Índice de Endividamento é a proporção dos ativos de uma empresa que são financiados por dívidas. Por exemplo, se comprar uma máquina específica é essencial para o crescimento do negócio, você pode optar por financiar a compra tomando um novo empréstimo ou trazendo novos investidores para o capital da empresa. O cálculo desse índice também fornece uma visão sobre seu fluxo de caixa e independência financeira.
Dívidas Totais / Ativos Totais = Índice de Endividamento
Se o índice for superior a 100%, indica que a empresa possui mais dívidas do que ativos, enquanto que, se o índice for inferior a 100%, indica que a empresa possui mais ativos do que dívidas, sendo um resultado mais positivo.
3 – Ponto de Equilíbrio
Com o Ponto de Equilíbrio, é possível visualizar o limite onde a empresa começará a ganhar dinheiro. Esse indicador precisa ser verificado constantemente, pois muda de resposta em diferentes fatores: desde custos mais altos com fornecedores até uma folha de pagamento maior.
Custos Fixos / Margem de Lucro Bruto = Ponto de Equilíbrio
O ponto de equilíbrio é alcançado quando as receitas são iguais aos custos totais. Com base neste indicador, você pode ajustar seus custos de produção para obter lucro mais cedo.
Para entender melhor esse indicador, você também pode conferir nossa matéria especial sobre o Ponto de Equilíbrio em nosso Blog.
4 – Fluxo de Caixa
O Fluxo de Caixa refere-se ao movimento de dinheiro que entra e sai da empresa. Por exemplo: operações, investimento e financiamento. Ele reflete o dinheiro que você tem disponível. Uma previsão de fluxo de caixa é baseada nas estimativas desses movimentos no futuro. Ao atualizar sua previsão, semanalmente ou até mesmo diariamente, sua avaliação das próximas despesas e receitas estará profundamente alinhada com a real situação do seu negócio.
Lucro Líquido + Depreciação/Amortização – Variação no Capital de Giro – Despesas de Capital = Fluxo de Caixa
Como a previsão de fluxo de caixa sempre está evoluindo, é importante ser revisada pelo menos uma vez por semana.
5 – Margem de Lucro
A Margem de Lucro representa a porcentagem das vendas que se transformou em lucros. Existem vários tipos, as principais são:
- Margem de Lucro Bruto: é a diferença entre a receita de vendas e o custo de produção.
Receita Total – Custo de Produção
- Margem de Lucro Operacional: é a porcentagem do lucro produzido por uma empresa a partir da sua receita total e após o pagamento do custo variável, antes do pagamento de impostos ou juros.
Lucro Operacional / Receita
- Margem de Lucro Líquido: é a porcentagem do lucro produzido por uma empresa após o pagamento dos custos variáveis e impostos/juros.
Lucro Líquido / Receita Líquida
É possível utilizar esses indicadores para estimar o lucro gerado pela empresa. Essa margem é indicada por diversos fatores, como o tamanho da empresa e volume de produção. Em um todo, à medida que os volumes de vendas aumentam, a margem de lucro aumenta também.
Como a previsão de Fluxo de Caixa, a Margem de Lucro também sempre está mudando em resposta a diversos fatores, desde descontos por volume até custos de produção.
Acompanhar como sua empresa está andando é muito importante para que se possa chegar no objetivo final com sucesso. Assim, é possível tomar decisões a tempo de resultados negativos e assim obter bons resultados.
Fonte: Euler Hermes